(Home page)
Julio 2015

A utopia sublimada da volta ao campo nas comunidades do Facebook



(Diccionario portugués-español)

Andréa Ferraz Fernandez1

Renato Mitsuo I. Kawakami 2



Às vezes as pessoas dizem: que buraco! Mas eu adoro esse buraco”3



Comunidades da rede social Facebook agrupam interesses coletivos de indivíduos que se conhecem presencialmente, ou não e fazem da rede digital a nova praça pública, local de troca de informação e encontro de iguais. Entre a variedade de assuntos disponíveis e possibilidades de temáticas e tópicos também é possível encontrar as comunidades dedicadas ao elogio à vida no campo, direcionada àqueles que a elegem como estilo de vida ideal.

Ocorre desde os anos 90 no Brasil, diz o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, um rápido processo de urbanização. Segundo a base de dados Taxa de Urbanização: séries históricas e estatísticas, que acompanha a evolução da percentagem da população da área urbana em relação à população total do país desde 1940, o último recenseamento realizado em 2010, estimou a taxa de urbanização em 84,36%, ou mais de 190 milhões de pessoas4.

Se a vida urbana é retratada como moderna, dinâmica e dotada com as benesses que o desenvolvimento tecnológico trouxe para nosso cotidiano, esta também inclui as dificuldades de convivência de milhões de habitantes em espaço geográfico restrito e os demais inconvenientes comuns às metrópoles, como imobilidade, perda de tempo, pouco tempo, fast food, junk foods, má qualidade de vida, não qualidade de vida, etc...

Os principais problemas urbanos brasileiros citados são: favelas, criminalidade, desigualdade econômica e social, poluição, impermeabilização dos solos (causando enchentes), alta de vagas no mercado de trabalho, insuficiência da oferta de serviços públicos como educação, saúde, transporte urbano, limpeza pública, entre outras. Estudos sobre demografia (ALVES, 2006) afirmam que um forte motivo para o êxodo rural está relacionado ao avanço do agronegócio, o que dificulta a produção da agricultura familiar e perda da cultura camponesa e dos povos das comunidades tradicionais.

Diante dos dilemas enfrentados pelos residentes dos conglomerados urbanos, oriundos muitas vezes do ambiente rural, surge a questão da representação do imaginário e da visão idealizada da volta à vida rural. A vida idealizada no campo, desde a perspectiva de quem reside na cidade, incorpora as comodidades e novidades tecnológicas ou sociais próprias da cidade grande, é o que se depreende ao observar as comunidades no Facebook, destinadas ao compartilhamento das maravilhas e memórias da vida campestre.

A rede social Facebook, auto-definida como plataforma relacional tem, entre outros, objetivos criar laços sociais entre seus usuários através de imagens de rostos "face" (XIBERRAS, 2010), ou outras imagens que representem cada um dos usuários segundo seus próprios critérios, perante seu(s) grupo(s) de pertencimento.

Seus usuários, a partir da identificação de grupos ou perfis que tratem de assuntos julgados de interesse, passam a construir comunidades não mais baseadas em territórios geográficos, mas em grupos de afinidade. Participam destas comunidades virtuais, postando e compartilhando comentários em forma de texto ou imagens e sinalizando a aprovação (ou não) dos comentários dos demais participantes, através das curtidas.

Uma das características da rede é libertar (AMADEU, 2009). As redes permitem a existência de comunidades desterritorializadas, com indivíduos que, embora não esteja cara – a - cara, sentem-se fortemente vinculados. Tais redes digitais, diz Amadeu, propõem um modelo, no qual “a inteligência está na periferia, e não mais no centro", estando o poder na mão das pessoas que a construíram.

As comunidades se mantém vivas a partir da dedicação do tempo e energia de seus usuários na atualização das informações referentes a um determinado assunto escolhido, construindo um panorama coletivo sobre o que significa determinado tema. Trata-se, de alguma forma, da construção de um imaginário comum, de uma memória coletiva.

Para Halbwachs (1990), a memória coletiva é construída através da negociação entre as memórias individuais dos diversos indivíduos de um grupo, constituindo a identidade da comunidade; e leva em consideração, diz Michael Pollak (1989) os acontecimentos vividos pessoalmente por cada um de nós assim como os acontecimentos presenciados na vida de outras pessoas, também conhecidas como as vivências do grupo ao qual o indivíduo pertence. Incluí, ainda, as informações que temos acesso através das músicas, filmes, livros e outras mídias. É possível resumir, então, que o que lembramos à respeito de algo é fruto de uma ideia concebida coletivamente, a partir das influências recebidas e relacionada às preocupações pessoais e políticas do presente (POLLAK, 1989), sendo uma construção em permanente disputa (HALBWACHS, 1990).

Assim, usuários do Facebook, dispostos a compartilhar seus imaginários, lembranças, sonhos e memórias sobre um passado, ou um futuro vinculado ao ambiente campestre, em outra localização geográfica diferente da atual, na qual possivelmente se veriam (ou se viam) livres dos dissabores da vida urbana, dedicam-se a reunir imagens representativas de uma vida idílica.

A fim de observar a manifestações, em idioma português, sobre a idealização do retorno (ou chegada) a um estilo de vida mais próximo à natureza nas comunidades do Facebook, esse artigo foi proposto e produzido.


Ode aos encantos do campo: técnicas e termos empregados



Na rede social Facebook, através do motor de busca com o filtro 'páginas', foram pesquisadas palavras-chaves relacionadas com o ambiente e o imaginário rural. A última letra de cada palavra foi suprimida para que os resultados da busca incorporassem palavras em todos os gêneros, números e graus. Foram verificados os primeiros 50 resultados recuperados com a pesquisa de cada palavra-chave escolhida, descartando as páginas que tratavam de assuntos não relacionados ao propósito deste artigo. As palavras-chaves escolhidas, por agrupamento de significados, são:



Em idioma português, a pesquisa realizada no Facebook, encontra a comunidade Novos rurais - Farming Culture5, como a mais antiga página dedicada à promoção da vida em ambiente rural , datando sua estréia em maio de 2011. Criada em Portugal, a página descreve seu público-alvo como “jovens, executivos, empreendedores, facturam, geram a dinâmica e o ‘stress' empresarial mas não usam gravatas.” A página contabiliza mais de 228 mil interações na forma de likes e outras aproximadas 16.391 como comentários para as mais de 2.500 fotos ou imagens postadas.

Novos rurais - Farming Culture, é mais que uma simples página, uma vez que congrega outras mídias digitais6, podendo ser identificado como uma determinada tendência de valores e estética potencializada e divulgada pelas mídias sociais digitais. Possui um blog7 , com o mesmo nome, com outras informações sobre o que espera-se encontrar nos que se decidem pela vida rural. Segundo o blog, os novos rurais são “amistosos e curiosos, [...], engraçados e atarefados, brincalhões e trapalhões, optimistas e saudosistas, divertidos e vividos, honestos e lestos, extravagantes e acutilantes, sociáveis e admiráveis, distraídos e agradecidos, pacatos e sensatos[...]”8. Eis, ao que parece, uma reunião de atributos ou características de personalidade incompatível com a atribulada vida nas grandes cidades.

O blog afirma que o movimento pretende permitir à sociedade urbana o reencontro com o prazer de cultivar e de cuidar de pequenas hortas, promovendo o consumo local, a saúde baseada na vida próxima à natureza, e toda a estética inerente a este grupo de elementos; e posta informações, principalmente, sobre editais, incentivos, cursos ou financiamentos públicos endereçados a quem deseja adquirir terras ou propriedades no campo. Publica, também, modelo de negócios e empreendimentos rentáveis e apropriados para pequenos vilarejos, como um supermercado colaborativo com características de cooperativa; ainda que também anunciem produtos como o jogo digital Rural Value9, aplicativo lúdico que propõe-se a um papel pedagógico voltado a estimular a rentabilidade econômica e ecologia sustentável no campo.


Visão da tela do jogo Rural Value

Fonte: página Facebook do RuralValue Game.


A proposta do jogo Rural Value – The Farm Sustainability Game é administrar uma pequena propriedade rural, equilibrando a rendibilidade econômica com uma gestão ecologicamente sustentável. A propriedade fica supostamente localizada em Alentejo, Portugal, região que possui um ecosistema vulnerável e que necessita da agricultura tradicional e práticas de gestão específicas para manter-se.


O projeto deste jogo digital foi financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Econômico Europeu e informa que deseja divertir e sensibilizar o jogador para a agricultura como atividade moderna e tecnológica, fornecedora de serviços ambientais. Visa, também, atrair pessoas para os produtos e serviços ambientais e de sustentabilidade das explorações agrícolas. Ainda que camuflado sob a égide educativa, fica evidente o caráter de e-business10 e e- commerce11 deste aplicativo.


Caipira digital: orgulho em mostrar as origens rurais no Facebook



Os comentários postados, escritos em português do Brasil, mostram que os internautas brasileiros acompanham e participam da página da comunidade Novos Rurais, utilizando-a como modelo para comunidades virtuais nascidas e geridas em território nacional, sob o mesmo tema. Exemplos são12: Sou Roceiro Caipira com Orgulho; Vem pra Roça; Coisas da Roça; Tá na Roça; A Roça; Roça, Natureza & Cia; Na Roça; Roça & Fazenda Brasil; Vim de Lá da Roça; A Roça Não Sai de Mim; Um Pé na Roça; Lembranças da Roça; Vida na Roça..

Por ordem de aparição na plataforma de compartilhamento social, aparece em 1º. lugar a comunidade Sou Roceiro Caipira com Orgulho. Suas mais de 7,4 mil fotos publicadas receberam mais de 206 mil comentários e 122 mil likes. As imagens, principalmente, trazem receitas (como cozido, geléia, ...), instruções sobre como fazer atividades/objetos relativos às palavras chaves da vida campestre (exemplos: horta vertical em embalagens plásticas recicláveis e garrafões, repelente natural, ...), link para estabelecimento de turismo rural, mensagens e dizeres, foto-montagem (um deles: cactus com olhos) e muitas fotos representando a estética condizente com o imaginário da roça (como supercloses de frutas maduras).

Por quantidade de interação dispara, em primeiríssimo lugar, a comunidade A Roça, disponível on-line desde abril deste ano, com cerca de 224 mil likes e 245 mil comentários em cima das quase 4,5 mil fotos disponibilizadas. As imagens retratam, sobretudo, receitas típicas (como de pamonha ou biscoito), artesanato representativo da cultura rural (em um exemplo vemos um banco entalhado em madeira), imagens de cenas inusitadas (em uma delas foi capturado o momento em que um filhote de tatu está comendo na tigelinha de ração, junto com filhotes de cachorro fotos representando a estética condizente com o imaginário da roça (como um caramanchão florido), hábitos cotidianos das pessoas que vivem na roça (por exemplo, cozinhar em fogão de lenha); mas também foram encontradas imagens – apesar do apelo estético – sobre situações ou objetos não condizente com o imaginário da cultura rural tradicional (numa delas, um bolo com cobertura de chocolate e morango de confeitaria).

As outras 12 comunidades com a mesma temática pesquisadas no Facebook apresentam características similares, entre sí. Todas elas foram criadas este ano e se auto descrevem como espaço destinado para compartilhar as maravilhas da vida no campo, sendo “o campo” retratado como um lugar previlegiado, com qualidade de vida, do qual não é possível esquecer, onde estão as coisas boas da vida e sendo, inclusive, apresentado como um “santo remédio” aos problemas da vida citatina. As frases entre aspas, retiradas das próprias comunidades, revelam a intencionalidade de mostrar a vida no campo como a panaceia para quem atualmente reside em um grande centro urbano.

As fotos acessadas nas comunidades podem ser categorizadas sob os mesmos títulos já descritos. São imagens, sejam fotografias ou ilustrações, que remetem à vida no campo, seja através de cenas de ações da vida cotidiana (cuidar de galinheiro, debulhar milho, família inteira roçando junta um pedaço de terra, ...) ou apenas imagens de objetos ou decoração campestre (conjunto de panelas de barro, penteadeira, máquina de costurar antiga ); flagrantes previsíveis da natureza (paisagens com montanhas ou céus, ninhos de joão de barro, pequenas criações de animais ou plantações em pequena escala), ou imprevisíveis (homens retirando uma enorme cobra de um rio, hortaliças anormalmente grande, família de macaquinhos em cima de um telhado).

As galerias de fotos também trazem receitas (sempre apresentadas como a “verdadeira receita”). Encontra-se ainda o compartilhamento de piadas e dizeres populares na temática. Ainda que seja possível visualizar imagens destoantes do imaginário rural tradicional (em uma das fotos, por exemplo, uma moça faz um pic-nic apenas com produtos industrializados ainda na embalagem do supermercado), na maioria esmagadora das fotos o que observa-se é o enaltecimento da vida no campo, em todos os seus aspectos.

Neste sentido, as comunidades virtuais brasileiras observadas, com manifesta apologia à vida no campo são bastante parecidas com a comunidade original portuguesa Novos Rurais. No entanto, verifica-se que as comunidades brasileiras não introduzem ou compartilham nenhuma informação que possa, concretamente, auxiliar os internautas para voltar a viver no no campo.

Diferentemente da comunidade Novos Rurais, não há, até o momento, indicativo que as comunidades desejem divulgar informações sobre abertura de editais, vagas de trabalho, cursos específicos ou oportunidade de negócios que pudessem funcionar como um impulso para o efetivo retorno à vida no campo. Nem mesmo foi observada, nas comunidades brasileiras, nenhuma iniciativa de divulgação de produtos ou serviços com as quais pudesse haver algum beneficiamento comercial para o administrador da comunidade, ainda que em uma delas Sou Roceiro Caipira Com Orgulho, possa-se encontrar “Contato para divulgação de marcas e produtos”.


A internet mudou as pessoas e seus sonhos?



Pensadores pendendo ao otimismo ou pessimismo debatem proposições embora convirjam sobre a digitalização da comunicação como uma revolução equiparada à Revolução de Gutemberg e constatando uma "ebulição utópica em torno da internet e em torno das novas tecnologias digitais, como se elas trouxessem a igualdade, a voz para todos" (BUCCI, 2009). Porém, a palavra ‘revolução’ tem sido usada sem seu rigor conceitual, referindo-se principalmente às mudanças nos hábitos cotidianos ocasionadas pela cultura digital e pela a sociedade em rede.

Os otimistas enxergam na internet "um potencial criativo, libertário, emancipatório, de trocas de conteúdo" (MANEVY, 2009), chegando a inferir a expectativa de uma sociedade digital sem dono (COELHO, 2009), já que uma das características da rede é libertar (AMADEU, 2009).

Segundo este grupo, as redes digitais permitiram a existência de comunidades desterritorializadas, composta pelos que não estão cara-a-cara, ainda que preservem fortes laços fortes entre si; e, em conseqüência, outra forma de fazer política extremamente animadora, como afirma Amadeu (2009) já que na rede "a inteligência está na periferia, e não no centro" e o poder estando na mão das pessoas que construíram a comunidade.

Já o grupo dos pensadores pessimistas dizem que "as interações na rede são somente um pálido substitutivo das interações cara-a-cara, isto é, das verdadeiras interações" (SARTORI, 2001). Eles declaram que o interagir digital é um contato empobrecido que no final deixa o usuário sozinho, na frente de um teclado; e que, embora exista uma perspectiva positiva para a rede como fonte de obtenção de informações e conhecimentos, a maioria dos usuários da internet continuará como “analfabetos culturais que matarão o tempo na internet, um tempo vazio na companhia de ‘almas gêmeas’ esportivas, eróticas, ou entretidos em pequenos hobbies" (SARTORI, 2001).

A internet se relaciona com o conceito de mundo da vida, porém " o mundo da vida está posto desde antes de se pensar a internet" (BUCCI, 2009) sendo ele o lugar onde as coisas acontecem, onde as pessoas se entendem, onde se tecem os sentidos. O que fez a internet foi dar visibilidade ao mundo da vida ". O que mais fascina as pessoas que pensam e que olham para a tecnologia é essa efervescência de tantas coisas diferentes, tantas pessoas falando ao mesmo tempo, se manifestando. Ora, isso e o mundo da vida" (BUCCI, 2009).


Tímidas reflexões...



As reflexões que podem ser feitas, a partir deste pequeno e limitado estudo indicam que certo grupo de pessoas, vinculadas às comunidades saudosistas da vida campesina percebem uma necessidade de acompanhar e/ou apoiar páginas em redes sociais que tratam da temática do mundo rural, a partir de uma visão idílica. A satisfação desta necessidade, pelo menos nas postagens presentes nas comunidades virtuais nascidas em território brasileiro, está ligada à construção de uma imagem de apoio ou de participação exclusivamente virtual, distante de qualquer ação no mundo real que poderia levar os internautas a aproximarem-se verdadeiramente dos ideais publicitados nos posts, fotos e comentários.

As postagens seriam ferramentas de exibicionismo para seus usuários/consumidores? Estariam completamente desvinculadas de uma intenção de ação? Esta pergunta é posta pela pesquisadora Silva (2010), em sua tese doutoral. De fato, tudo acontece como se as pequenas redes tendessem a dar-se uma imagem delas mesmas, para elas mesmas, expressas em seus próprios códigos simbólicos. Esta é a opinião de outra pesquisadora, Xiberras (2010), para quem este fluxo de imagens aparece efetivamente como um "narcisismo de grupo", como se as pequenas comunidades conseguissem assim espelhar-se nas telas, dar-se um primeiro esboço dos coletivos assim representados.

A pergunta permanecerá aberta: será a participação em uma comunidade digital específica, como qualquer destas citadas, um passo adiante ou atrás, na concretização do sonho anunciado?


Bibliografia:


ALVES, E. (Editor). Migração rural–urbana, agricultura familiar e novas tecnologias: coletânea de artigos revistos. Brasília, DF : Embrapa Informação Tecnológica, 2006. Disponível em: <http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/42057/1/LV-Migracaorural-urbana.pdf>. Último acesso: 20 mar, 2015.

AMADEU, S. In: SAVAZONI, R.; COHN, S. (Orgs). Cultura digital.br. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2009.

BUCCI, E. In: Cultura digital.br. SAVAZONI, R; COHN, S. (Orgs). Rio de Janeiro. Beco do Azougue. 2009.

CARO, A., MAZZON, J. A.; CAEMMERER B,, WESSLING M. Innovation, involvement, attitude and experience in buying online/Inovatividade, envolvimento, atitude e experiencia na adocao da compra on-line/Innovacion, participacion, actitud y experiencia en la adopcion de la compra online. RAE:- Revista de Administração de Empresas, São Paulo, vol:51, n.6, 2011.

COELHO, F. In: SAVAZONI, R; COHN, S. (Orgs). Cultura digital.br. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2009.

GONÇALVES, M. S. Os meios, seus usos, sua materialidade: a comunicacao e sua epistemologia. FAMECOS, Porto Alegre, vol:17, n.3, 2010.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vertice, 1990.

HEWITT, H. Blog: entenda a revolução que vai mudar seu mundo. Rio de Janeiro: Thomas Nelson, 2007.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Taxa de Urbanização: séries históricas e estatísticas. Disponível em: <http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?vcodigo=POP122>. Último acesso: 20 mar, 2015.

MANEV, F. In: SAVAZONI, R; COHN, S. (Orgs). Cultura digital.br. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2009.

PINHO , Jose Antonio Gomes de. Sociedade da informação, capitalismo e sociedade civil: reflexões sobre política, internet e democracia na realidade Brasileira. RAE:- Revista de Administração de Empresas, São Paulo, vol:51, n.1, 2011.

POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos históricos, n. 3, Rio de Janeiro, 1989.

PUHL, P. R.; ARAUJO, W. F. Youtube como espaco de construcao da memoria em rede: Possibilidades e desafios. Revista FAMECOS, Porto Alegre, vol:19, n. 3, 2012.

SANTOS, Myrian Sepúlveda dos. Memória coletiva e teoria social. São Paulo: Annablume, 2003.

SARTORI, G. Homo videns: televisão e pensamento. Bauru, SP: Edusc, 2001.

SILVA, E. R. P. da, conhecimento@sociedade.com.br/ambientesmidiaticos - na supervia cibernética do tratamento informacional dos blogs brasileiros. Tese de Doutorado. PUC/SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Doutorado em Ciências Sociais, 2010

XIBERRAS, M. Internautas: inteligencias coletivas na cibercultura. Revista FAMECOS, Porto Alegre, vol:17, n.3, 2010.



1 Andréa Ferraz Fernandez é doutora em Ciências da Informação, vinculada ao Departamento de Comunicação Social e ao Programa de Pós-Graduação Mestrado em Cultura Contemporânea da UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso. Líder do grupo MID – Mídias Interativas Digitais. E-mail: ferrazfernandez@gmail.com

2 Renato Mitsuo Inatomi Kawakami é mestre em Cultura Contemporânea, pelo Programa de Pós-Graduação Mestrado em Cultura Contemporânea da UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso e bacharel em Administração de Empresas pela EAESP-FGV. Pesquisador do grupo MID – Mídias Interativas Digitais. E-mail: renatomik@gmail.com

3 Fala de moradora do município de Alegrete, região do Rio Ibirapuitã, no estado do Rio Grande do Sul, ao sul do país.

4 Para chegar a este percentual, o IBGE recenseou cerca de 56,5 milhões de domicílios em todas as 27 Unidades da Federação e nos municípios brasileiros; e considerou Situação Urbana como a área interna ao perímetro urbano legal, correspondentes às cidades (sedes municipais), às vilas (sedes distritais) ou às áreas urbanas isoladas; e Situação Rural como a área externa ao perímetro urbano, abrangendo os aglomerados rurais de extensão urbana, os aglomerados rurais isolados, povoados e núcleos. Informações completas podem ser localizadas em: http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?vcodigo=POP122. Último acesso: 15 de jun. 2015.

5 Disponível em: <https://www.facebook.com/novosrurais.farmingculture/timeline>. Este e todos os outros exemplos de comunidades virtuais citados neste artigo foram retirados da rede de compartilhamento social digital FACEBOOK. Disponível em: <https://www.facebook.com.>. As páginas das comunidades citadas estavam ativas em junho de 2015, quando foram acessadas pelos autores.

6 Novos Rurais possui perfil no Pinterest, rede social de compartilhamento de fotos com a qual os usuários podem compartilhar, gerenciar, comentar e recompartilhar imagens temáticas suas e de outros usuários. Segundo o tutorial próprio, o Pinterest serve para "encontrar novas ideias para projetos ou interesses que você tenha, tudo escolhido a dedo por pessoas como você". Disponível em: https://br.pinterest.com/search/people/?q=novos+rurais. Último acesso: 15 de jun, 2015.

7 Blog é a contração da expressão inglesa weblog. Log significa diário, como o diário de um capitão de navio. Weblog, portanto, é uma espécie de diário mantido na internet por um, ou mais autores regulares. (HEWITT, 2007, P. 9). O Blog possui uma estrutura que permite sua rápida atualização a partir das postagens e dos comentários.

8 Informações completas em: http://agricultoresdesofa.blogspot.com.br/. Último acesso: 15 de jun, 2015.

9 Disponível em: <https://www.facebook.com/RuralValueGame/info?tab=page_info>. Último acesso: 15 de jun, 2015.


10 E-business: eletronic business, negócios eletrônicos, expressão usada para representar todos os negócios gerados na internet, em crescente expansão desde o início dos anos 1990, e que inclui as empresas que nasceram neste sistema, como as empresas líderes de mercado, que aderiram à tecnologia digital devido às novas oportunidades e mercados.

11 E-commerce: eletronic commerce, ou comércio eletrônico, termo que designa as transações comerciais on line, especialmente os baseados na internet. Representa, para o consumidor, um modo diferente para a aquisição de bens e serviços, trazendo outras vantagens e riscos diferentes dos ocorrentes no comércio tradicional. As estratégias e formas de estímulo às vendas, assim como a propaganda empregada para atingir este novo consumidor também obedecem a uma nova dinâmica.

12 Cabe lembrar que esta não é uma pesquisa exaustiva e sim exemplificadora do tema.











(Volver a página inicial)